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À primeira vista esse título nos chama a atenção por parecer um tanto quanto paradoxal e duvidoso: como pode um sistema econômico que tem por finalidade básica a lucratividade ter consciência? É possível a uma empresa perseguir o lucro e, ao mesmo tempo, querer e agir de forma humanizada em todas as suas relações? Capitalismo consciente existe?
A resposta é positiva. Existe sim, empresas já o praticam, e há de ser valorizado e expandido ao máximo. Veja só!
Trata-se de um movimento global idealizado por John Mackey, CEO da Whole Foods Market, e o consultor indiano Raj Sisodia.
O capitalismo consciente é uma filosofia baseada na crença de que uma forma mais complexa de capitalismo está a emergir, e tem o potencial de melhorar o desempenho corporativo simultaneamente à melhoria da qualidade de vida das pessoas.
A ideia surgiu com empresários e executivos que adotaram uma nova atitude na forma como lideram, dedicando-se aos negócios com mais paixão, propósito e com a convicção de que as organizações focadas em seus valores podem contribuir, de forma muito mais abrangente, para o mundo e a humanidade.
Além dos fundamentos básicos e essenciais do capitalismo, o capitalismo consciente inclui outros elementos fundamentais: confiança, compaixão, colaboração e criação de valor.
A estrutura do capitalismo consciente inclui quatro disciplinas interconectadas e sugere que as empresas conscientes estão comprometidas com cada um desses princípios:
A empresa que assume os princípios do “capitalismo consciente” se concentra em um objetivo que vai além do lucro: propósito.
Verdadeiros líderes sabem que, para serem bem sucedidos de forma perene, devem oferecer valores verdadeiros a inspirar pessoas.
A empresa que exerce o Capitalismo Consciente se concentrará em todo o ecossistema de negócios para criar e otimizar valor para os seus clientes, funcionários, fornecedores, parceiros, investidores, acionistas, comunidades e meio ambiente.
Liderança consciente.
Funcionários que têm consciência social veem que a empresa em que trabalham é movida por mais do que o lucro, e sentem que “fazem parte” da companhia. Isso gera comprometimento. Tornam-se defensores e embaixadores da marca – e acabam por divulgar, genuinamente, as ações da empresa para fazer diferença no mundo.
Os líderes conscientes abraçam o propósito da empresa e inspiram lealdade. Criam valor para todas as partes interessadas e inspiram ações que contribuem para uma cultura consciente.
“A cultura corporativa é a soma de valores e princípios que constituem uma espécie de “índice moral” de uma empresa. Ela promove um espírito de confiança e cooperação. Empresas com objetivos baseados no capitalismo consciente criam negócios mais éticos, honrosos e generosos.”
O Capitalismo Consciente contribui para uma cultura de confiança, cuidado e cooperação entre os funcionários da empresa e stakeholders.
Em artigo na Harvard Business Review, Tony Schwartz, CEO da The Energy Project, já apontava algumas razões para que o desempenho das corporações praticantes do capitalismo consciente fosse muito superior em relação às demais.
Segundo Schwartz, “são empresas que tratam melhor seus colaboradores, tendo como consequência fornecedores mais interessados em fazer negócios com elas e funcionários mais engajados e produtivos. Além disso, são companhias que as comunidades desejam ter por perto e com consumidores mais stisfeitos e leais. “As empresas mais conscientes dão mais, mas também obtêm muito mais em troca”.
As empresas que praticam o capitalismo consciente se beneficiam de vantagens tais como:
A empresa norte-americana GQR Global Markets, praticante do Capitalismo Consciente estabeleceu significativos compromissos perante a sua força de trabalho e stakeholders, de forma a “reconhecer a necessidade de se tornar agente de mudança e melhorar a educação sobre as práticas de combate a preconceitos, bem como a adoção de políticas mais inclusivas, equitativas.”
São eles:
Talento Interno
“Elevaremos a diversidade, a equidade e a inclusão por meio de práticas de aquisição de talentos conscientes, proativos e educados – junto com uma seleção robusta de parceiros de recrutamento. Promoveremos a educação para abordar a consciência cultural e o alinhamento aos nossos valores e propostas de valor com todos os colaboradores internos e externos de aquisição de talentos.”
Talento Externo
“Para o benefício das minorias, grupos sub-representados e marginalizados, apoiaremos maior crescimento e oportunidades, compartilhando recursos e conectando indivíduos e instituições por meio de networking, aprendizagem e atividades e eventos de desenvolvimento.”
Programa de Estágio
“Vamos cultivar talentos diversificados por meio de programas de estágio remunerado que capacitam grupos sub-representados para atingir seu pleno potencial, incorporando equidade e justiça em nosso ambiente de trabalho.”
Caminhos de Aprendizagem
“Acreditamos na conscientização, lealdade e ativismo. Para aumentar nossa consciência coletiva, vamos investir em oportunidades de aprendizagem para todos na empresa e para as partes externas interessadas por meio de treinamento.
Programa de Equidade de Carreira
“Para fornecer uma plataforma justa para o crescimento na empresa, iremos fornecer financiamento adicional para aprendizagem externa, coaching e mentoria para todos os colegas sub-representados e marginalizados.”
Reciclagem do Fornecedor
“Trabalharemos em parceria com a nossa rede de fornecedores para promover a diversidade e a inclusão e acabar com a discriminação, criando espaço para que negócios socialmente conscientes e orientados para as partes interessadas surjam e floresçam.”
Adeus ao viés
“Nosso objetivo é alcançar oportunidades de emprego justas e iguais por meio da eliminação de preconceitos conscientes e inconscientes.”
Ativismo e voluntariado pago
“Ampliaremos a oportunidade de cada funcionário fazer voluntariado remunerado, ativismo e apoio comunitário por ano.”
Tal exemplo de gestão positiva dos negócios é que o capitalismo consciente deve ser propagado e apoiado amplamente, e, para tanto, vale a pensa consultar a página Counscious Capitalism, de um dos criadores da filosofia, John Mackey, e se apropriar de todos os conhecimentos formadores deste novo e bem sucedido prática corporativa.