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Pesquisa realizada pela Maturi em parceria com a NOZ Pesquisa e Inteligência aponta que o desafio com as novas tecnologias está extremamente vinculado à oportunidade profissional.
Após um ano e meio de pandemia, o que mudou na vida dos maturis? Para responder essa pergunta e identificar os impactos que a crise sanitária causou aos profissionais 50+, a Maturi em parceria com a NOZ Pesquisa e Inteligência foi perguntar para quem sofreu na pele.
Uma pesquisa realizada com quase 2 mil pessoas de todo o País mostrou que a relação entre preconceito etário, tecnologia e aprendizado são os temas mais presentes no dia a dia das pessoas desta faixa etária frente à crise sanitária.
“Os trabalhadores mais velhos já lidavam com o rótulo de estarem desatualizados, principalmente em relação às novas tecnologias”, afirma Juliana Vanin, fundadora da NOZ Pesquisa e Inteligência.
“A pandemia acelerou as transformações digitais e cresceu de forma geral o desemprego, o que acentuou o preconceito etário.”
Quatro em cada dez participantes da pesquisa estão em busca de recolocação profissional e, desses, metade perdeu o trabalho durante a pandemia. Além disso, 64% dos maturis relatam que o preconceito etário enfrentado na vida profissional é um dos maiores obstáculos para conseguirem uma nova vaga de emprego.
O desafio com as novas tecnologias está extremamente vinculado à oportunidade profissional. Por exemplo, o grupo que mais se sente preparado para o uso de tecnologia e aplicativos de gestão são os que estão atuando em empresas (CLT e PJ), ou seja, os profissionais que já usam estes programas na sua rotina de trabalho.
Outro ponto é que o uso de ferramentas tecnológicas é avaliado como pouco ou nada desafiante por 80% dos participantes da pesquisa. Por outro lado, 49% afirmam estar despreparados para o uso de ferramentas de colaboração online e 59% na utilização de tecnologia e aplicativos de gestão.
Uma das fortes tendências na vida pós-covid é o Phygital, junção de physical (físico) e digital. O conceito que é a intersecção entre o meio físico e o meio digital serve para diferentes âmbitos da vida do trabalho híbrido que muitas empresas estão adotando, como o de consumo on-line.
Pensando nisso e nas mudanças provocadas ou aceleradas pela pandemia, a pesquisa avaliou o quanto os maturis sentem-se preparados para essa nova realidade.
Vale destacar que 91% dos profissionais maduros que já atuavam em casa antes da pandemia sentem-se mais prontos para a adoção desse modelo, enquanto o porcentual é de 60% entre os que não trabalharam no home office durante o período. Assim, lidar bem ou não com esses novos formatos de trabalho e com ferramentas digitais pode ter mais a ver com o hábito do que com a idade.
“A pandemia mostrou para o mercado que os profissionais maduros estão abertos para se aventurar pelo universo digital. Os profissionais tiveram que se atualizar e já enxergam o trabalho remoto como uma realidade”, conta Mórris Litvak, CEO e fundador da Maturi.
Os números indicam que 82% dos entrevistados estão preparados ou extremamente preparados para jornada flexível e maior autonomia, enquanto 78% estão prontos para home-office ou modelo híbrido e 69% sabem aproveitar profissionalmente os recursos das redes sociais.
Quando se fala em gastar dinheiro, 75% realizam compras pela internet, sendo que 40% deles aumentaram a frequência por causa do isolamento social. Importante observar que preço fica em segundo lugar, a prioridade para 4 em cada 10 entrevistados é a confiança na marca ou na loja.
“As consequências da pandemia vão além da saúde, há implicações sociais, econômicas e culturais”, comenta a pesquisadora. “A ansiedade e o medo ainda estão presentes, e já há um longo período, mas agora foram intensificados pelas questões sociais e econômicas, como o desemprego e o preconceito etário.”
Mas os maturis não deixam a peteca cair. Enquanto a oportunidade de aprendizado na prática, no ambiente profissional, não chega, a busca por atualização e cursos é intensa: 80% afirmaram ter realizado curso(s) online durante a pandemia e 67% desejam ou planejam atividades relacionadas ao trabalho e aprendizado.
Por fim, foi avaliada também a questão da vacinação. Até 10 de agosto, quase 47 milhões de brasileiros completaram a imunização. No total, 46.902.420 pessoas receberam a segunda dose ou a dose única, o equivalente a 22,15% da população do país.
Sobre oportunidades profissionais após o início da campanha, 42% dizem que nada mudou, 21% afirmam que piorou e tem notado menos oportunidades, enquanto 32% consideram que houve pequena melhora.
O cenário instável trazido pela crise também pode ter intensificado as dificuldades que os maduros já enfrentavam antes: depois de mais de um ano, os impactos na vida financeira são o segundo maior desafio, apontado por 63% deles.
“Essa pesquisa nos ajudou a entender como o nosso público está lidando com este segundo ano de pandemia, quais são os aspectos mais e menos afetados de suas vidas e seus planos a partir do avanço da vacinação.
Isso ajuda a Maturi a elaborar melhor suas estratégias de programas e conteúdos para o público no próximo semestre, bem como mostrar às demais organizações e ao mercado como um todo o que essas pessoas estão buscando, precisando e seu potencial como público consumidor e força de trabalho, trazendo assim uma luz de forma atualizada à parcela da população que foi mais afetada com a pandemia”, finaliza Mórris.