555-555-5555
meuemail@email.com.br
A afirmação de Ivany Gonçalves, que se aposentou em 2007 e voltou a trabalhar em 2012, dá força ao movimento que muitas pessoas têm feito de quebrar o estereótipo dos idosos como frágeis e dependentes
por Mariana Parizotto, do Portal Plena
“Me sinto viva, capaz, com chance de aprender com o trabalho e com as pessoas”. A afirmação de Ivany Gonçalves, que se aposentou em 2007 e voltou a trabalhar em 2012, dá força ao movimento que muitas pessoas têm feito de quebrar o estereótipo das pessoas mais velhas como frágeis e dependentes.
“Em 2010 me divorciei e, sem o salário do marido para ajudar, viver só com a aposentadoria (que foi proporcional com 25 anos em empresa privada), não dava pra fechar o mês. Mas só consegui trabalho em 2012, na empresa de uma prima”, conta Ivany. Hoje, aos 63 anos, ela orgulha-se de dizer que desempenha a função de “faz tudo”, “sou um misto de secretária, recepcionista e telefonista! No começo os outros funcionários desconfiavam das minhas capacidades, mas provei que sou muito boa no que faço. Tenho experiência, mas não deixo de aprender diariamente com a moçada”.
Não é só a questão financeira que tem levado muitos aposentados a voltarem para o mercado de trabalho. “Me sinto disposta. Acordo feliz por estar indo trabalhar, não me importo com chuva, trânsito, frio, nada disso. Minha autoestima subiu como um foguete!”, comenta Ivany.
Poder continuar trabalhando é muito importante inclusive para quem já se aposentou, porque mantém essas pessoas inseridas na sociedade, fazendo com se sintam úteis, transfiram sua experiência e, principalmente, evitando assim problemas emocionais causadores de doenças.
Mais qualidade de vida, compartilhar experiências, viagens, fazer amigos, aprender a dançar… estes são apenas alguns dos anseios da nova terceira idade, e por que não incluir nesta lista a recolocação profissional? Foi pensando nisso que o engenheiro de softwares Mórris Litvak criou a plataforma MaturiJobs em 2015, que auxilia pessoas acima de 50 anos a continuarem ativas por meio do trabalho.
“Através de uma base de dados, onde as pessoas se cadastram em nosso site, analisamos e mapeamos o perfil dos candidatos, e então conectamos as empresas dispostas a realizarem demandas feitas por pessoas +50.
Trabalhamos, também, em conjunto com empresas que realizam projetos específicos, através de terceirização de serviço, contratando pontualmente quem tiver um perfil que se encaixe, levando em consideração interesse e disponibilidade. Ou seja, alguns trabalhos podem ser feitos de casa”, explica o idealizador do programa.
Um dos grandes desafios do MaturiJobs é mostrar o quanto alguns setores podem se beneficiar da experiência, habilidade e comprometimento do público sênior. Um exemplo são as áreas de atendimento a clientes, que não exigem grande esforço físico, mas exigem paciência e jeito para lidar com pessoas. Competência que o público mais maduro tem de sobra.
– Cria a responsabilidade social, fazendo seu papel para um mundo melhor;
– Ganha na sabedoria, já que os mais velhos têm mais vivência e entendem mais sobre o atendimento a clientes;
– Quem é mais maduro tem mais facilidade no relacionamento interpessoal;
– É mais carinhoso e paciente com os clientes colocando sua vivência no atendimento personalizado e diferenciado;
– Possui maior disponibilidade de tempo já que não possui filhos em idade de levar a escola, buscar, médicos, reuniões de escola, entre outros contratempos;
– Já é aposentado e viveu o suficiente para não entrar em brigas para competir vagas e criar conflitos;
– É capaz de valorizar seu emprego e sua chefia mais do que tudo na vida;
– É alegre e bem disposto, trabalha muitas vezes por opção e gosta do que faz!