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Na terça-feira, dia 07 de julho, o convite do MaturiFest 2020, era “Para sair da zona de conforto” voltado para o aprendizado ao longo da vida, mindset positivo, mudança de carreira e reinvenção da maturidade.
A tarde foi aberta com a energia do empreendedor e fundador da JR Diesel, Geraldo Rufino, o jornalista esportivo e sócio-fundador da Pinax, agência de branding e consultoria criativa, Ivan Moré, com a condução de outro jornalista, Marc Tawil, Linkedin Top Voices & Live Broadcaster, colunista de Época Negócios e conselheiro da Revista HSM.
O conteúdo girou em torno de “Como vencer o medo e se reinventar na crise?” Rufino começou a empreender com sete anos quando ensacava carvão e percebeu o valor do seu trabalho. De lá para cá, cuidou de sua carreira e saiu de office-boy a presidente de uma empresa passando por muitos percalços. “Temos crise o tempo todo.
O ser humano é autor dos seus próprios problemas. Não será uma pandemia que vai nos derrubar”, reforça o dono da maior recicladora de caminhões da América Latina. “A diferença é que atacou geral e não adianta um só curar. Se um ainda está doente, pode contaminar os outros. O mundo não parou de vez. Só está abastecendo para voltar mais forte”.
Para ele, o segredo da felicidade é acordar acreditando que este será o melhor dia de sua história. “Começo levando café da manhã para minha esposa, que é fazer networking com que está próximo, em seguida, olho no espelho e encaro o inimigo, aquele que pode me sabotar, ou seja eu mesmo, agradeço por estar vivo e aí, é só partir para o abraço”.
Esta atitude positiva é que Moré chama de desobediência produtiva, nome de um dos seus podcasts onde entrevista pessoas que, na sua visão, estão transformando o mundo usando a percepção, a ação e a coragem. “São exemplos que devemos seguir pois nem o ambiente ou adversidades os impediram de colocar para fora seus talentos e mudar o seu entorno”.
No segundo encontro do dia, a conversa se iniciou com a seguinte pergunta: “É hora de mudar de carreira. E agora?” A mediadora foi Cecília Barboza (leia o artigo de Cecília para o nosso blog aqui), consultora de desenvolvimento humano e coach.
A psicóloga e pesquisadora na área de diversidade etária e etarismo, Fran Winandy Pereira, falou sobre a necessidade de abrir a mente na hora de fazer uma transição de carreira. “Sempre nos apegamos ao que a gente sabe fazer, mas devemos lembrar que somos pessoas múltiplas com múltiplos interesses e um deles pode ser o nosso próximo desafio”. Ressaltou que a tecnologia é uma aliada e não um bicho de sete cabeças e agora é hora de encarar os bytes e gadgets.
Na mesma linha, o empreendedor e mentor, Wilson Trevisan, parte do princípio de buscar atividades que gostamos de fazer e nas quais as nossas competências sejam valorizadas. Ele saiu do mercado corporativo para criar sua própria empresa. Hoje, é sócio da Renaissance Executive Forums, organização internacional que reúne CEOs, presidentes e empresários. “A questão não é mais se você empreender, mas quando. E quando chegar essa hora será imprescindível ter resiliência, curiosidade e capacidade de adaptação”.
Foi o que fizeram André Pasquali, Beth Penteado e Edgard Duprat que contaram suas experiências no painel “Cases de Empreendedores 50+ em ação”, conduzido por Clea Klouri fundadora do Silver Markers e sócia do Hype 60+.
Pasquali deixou, no começo de ano, uma bem-sucedida carreira no mercado publicitário e tem aproveitado esse tempo de isolamento social para prestar assessoria na área de negócios e marketing para amigos próximos e tem como um dos seus projetos, se aventurar a ensinar e empreender. “Aproveitei esses meses para me reciclar em marketing digital e também me aprofundar em conhecer melhor o segmento de investimentos. Estou aberto a novas oportunidades e encontrar uma atividade que tenha um propósito claro.”
Dentista de formação e obrigatoriamente empreendedora logo que saiu da faculdade para montar seu consultório, Beth já deu duas guinadas em sua carreira profissional e possui agora duas empresas. Como mentora com foco em empreendedorismo e vendas, afirma:
Duprat é um destes que tem dançado conforme a música, literalmente. Bailarino do Ballet Stagium, videomaker de dança, designer de iluminação de shows, diretor de eventos corporativos, proprietário do Colonial Hostel, viu suas fontes de renda minguarem com a chegada do coronavírus e não teve dúvidas, entrou na cozinha, uma de suas paixões e criou o Colonial Gourmand Congelados. “O momento crise é um momento de oportunidade, de se reinventar.
Com a maturidade, o certo é aplicar tudo que aprendemos na vida e fazer um momento de introspecção, olhar para dentro, encontrar nossas coisas boas e colocar para fora. Na hora que você se entrega de verdade, a oportunidade aparece. Se não tivesse essa pandemia, eu não teria usado o meu interesse pela comida para se tornar um negócio.”
Amor pelas amigas foi a base do projeto “Avós da Razão”. Sônia (83), Gilda (78) e Helena (91) montaram um canal no Youtube para dar um lugar de fala aos mais velhos. No painel “A voz da razão”, elas contaram para Fernando Gomes, bonequeiro e diretor de programas infantis na Discovery Kids, os desafios de levar o bate-papo descontraído que faziam, semanalmente, em uma mesa do bar para se tornar um programa de sucesso nas quais respondem sem papas na língua sobre os mais diversos temas.
A maior lição foi enfrentar o temor da tecnologia que agora dominam com destreza e acreditar que os velhos devem sair da cristaleira e se tornarem visíveis ao mundo. “Hoje, as pessoas se aposentam aos 60 anos e morrem com 90. Nestes 30 anos, não dá para ficar sentado no sofá, temos de viver a vida que nos resta e bem. Com bom humor e saúde”, sentencia a nonagenária Helena.
Foi uma das palestras mais incríveis do evento, com muito humor e sabedoria. Acompanhe um dos vídeos das Avós da Razão, que em seu canal do Youtube (no conforto de suas casas), respondem perguntas dos fãs: