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Caso você esteja na categoria do profissional que possui apenas uma identidade organizacional, – tipo “José da Petrobrás; Amauri da Volkswagen… – e a utiliza constantemente tanto nos contatos de trabalho como sociais, aqui vai um alerta: Cuidado! Sua dependência desta “identidade” o torna vulnerável à situações como desemprego, aposentadoria ou até mesmo para avaliar oportunidades ligadas à sua carreira.
A maioria dos executivos brasileiros que mantém apenas uma “identidade organizacional” só percebe o risco que corre após sua perda.
E de maneira geral ela é compreendida apenas quando sua capacidade de reagir já se enfraqueceu. Trinta e cinco anos lidando com executivos em empresas das mais diferentes origens, importância e tamanho, em temas como administração do tempo, qualidade de vida e pós-carreira (preparação para a aposentadoria), me permitiram verificar o descuido que os mesmos mantém em relação à importância de uma “segunda carreira”.
A prática tem demonstrado que todo profissional que desenvolve mais de uma “identidade organizacional” torna-se mais criativo, fica menos sujeito às pressões da hierarquia ou cultura organizacional e tende a correr mais riscos calculados no processo decisório.
A proposta deste artigo é alertar todo o profissional vinculado à uma organização que não descuide deste assunto ao longo de sua carreira. E o ideal é que isto já faça parte do seu plano de desenvolvimento desde o início da sua relação com o mundo do trabalho. Não é tema para preocupar-se apenas ao cruzar a linha da meia-idade ou em situações de desemprego.
As transformações no mundo do trabalho alteraram profundamente as relações entre profissionais e empresas.
Muitas organizações compreendem hoje que permitir aos seus executivos desenvolverem atividades ou carreiras alternativas, não colidentes com os interesses da empresa, é bom e pode trazer resultados positivos. Além do que a relação de lealdade entre ambos também se alterou profundamente. O início da década 90 desmistificou o que os estudiosos chamavam de “homem organizacional”.
Uma vez mais vale também o registro de que muitas mulheres tem conseguido administrar este assunto com mais competência. A maioria delas, requeridas em vários papéis – mãe, esposa, amante, administradora do orçamento doméstico, etc. – não tem colocado a carreira profissional como única opção para realizarem-se como pessoas.
Vejamos algumas questões como proposta para que você exercite um processo reflexivo e adote medidas concretas em relação ao tema e sua vida:
Concluindo, vale registrar que a proposta de uma ”segunda carreira “ também é uma responsabilidade sua. Não fique esperando que as oportunidades surjam, mas busque-as.
Acima de tudo tenha em mente que desenvolver uma segunda “identidade organizacional” vai fortalecer sua identidade própria. Ou seja, você vai se sentir muito mais valorizado como pessoa o que terá efeitos sobre a melhor qualidade do profissional.
Assuma a responsabilidade de refletir e agir. Mas saiba que é um processo, e portanto requer atenção permanente.