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O sindicato Communication Workers of America (Trabalhadores de Comunicação da América) move uma ação coletiva contra grandes empresas empregadoras dos EUA como Amazon, T-Mobile, Capital One, e Enterprise Rent-a-Car acusados de discriminação a trabalhadores mais velhos.
A ProPublica – agência independente e sem fins lucrativos que faz jornalismo investigativo – mostra que a IBM expulsou mais de 20.000 trabalhadores idosos nos últimos cinco anos. As 150 maiores empresas de tecnologia do Vale do Silício enfrentaram mais acusações de idadismo – preconceito de idade – na última década do que preconceito racial ou de gênero.
Embora o Age Discrimination Employment Act (Lei de Discriminação por Idade no Emprego) de 1967 proíba a discriminação contra pessoas com 40 anos ou mais, pesquisa recente da AARP mostra que dois terços dos trabalhadores – com idade entre 45 e 74 anos – disseram ter sido discriminados.
Isto nos mostra que esforços para aplicar leis não são suficientes para a garantia de direitos. Lembremos que direitos iguais para mulheres, negros, pessoas com deficiência, gays e lésbicas não foram alcançados apenas por meio de mudanças nas leis, mas sim por uma mudança de atitudes que geralmente antecederam a legislação.
Especificamente nas questões contra a discriminação de idade nossa sociedade está muito atrasada. Um paradoxo do nosso tempo é que os baby boomers desfrutam de boa saúde física, estão vibrantes e permanecem no local de trabalho por mais tempo, mas se sentem cada vez menos relevantes.
Eles se preocupam que seus empregadores possam ver suas experiências como mais uma desvantagem do que um ativo relevante. Eles temem tornar-se cada vez mais invisíveis, ou até mesmo descartados.
É comum, especialmente, na indústria de tecnologia, alguém se sentir “velho” aos 35 anos – mesmo que você possa continuar trabalhando em tempo integral até os 75. Estamos vivendo mais, mas o poder está se movendo mais cedo. Uma análise de dados da Harvard Business Review mostrou que a idade média dos fundadores de unicórnios (empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão) é de 31 anos, e a idade média de CEO é de 41 anos (em empresas da S&P 500).
O problema é que muitos desses jovens líderes assumem posições de poder com pouca, ou nenhuma, experiência e muito antes de estarem prontos para administrar empresas em rápido desenvolvimento. Esquecem-se que há uma geração de trabalhadores mais velhos com sabedoria e experiência, conhecimento especializado e capacidade inigualável para ajuda-los na construção destes negócios.
A mudança de atitude, no entanto, não tem de vir somente dos mais jovens. As pessoas mais velhas precisam compreender que do mesmo modo que lhes sobre inteligência emocional, lhes falta inteligência digital.
E que a orientação mútua – entre mais jovens e idosos – casando sabedoria e experiência com curiosidade pode ser um excelente caminho. Com cinco gerações coexistindo no local de trabalho pela primeira vez, é essencial que – todos – adotemos e desenvolvamos mais e novos meios para essa colaboração intergeracional.