555-555-5555
meuemail@email.com.br
Empreender é uma arte que tem muitas variações, dependendo da idade, experiência anterior ou fase de vida em que se está. É mais uma destas atividades do ser humano que não pode ser estruturada rigidamente ou merecer um manual que deva ser seguido de forma automática.
A maneira como um jovem decide empreender é bastante diferente de um executivo que resolve abandonar sua carreira para dar um vôo solo. Como também difere de alguém que se aposenta, depois de longos anos de vínculo empregatício, e imagina poder realizar sonhos acalentados durante anos de dedicação ao trabalho e à uma organização.
Vale lembrar que, na minha concepção, empreendedor é aquele que consegue ver oportunidades onde a maioria das pessoas apenas vê problemas.
Ou, em outras palavras: tem a capacidade de transformar problemas/desafios, em oportunidades. E em muitos casos consegue estar à frente do seu tempo.
Comecemos pelo jovem que decide fazer uma opção de criar algo próprio. De forma geral os dois primeiros desestimuladores para esta opção devem se apresentar na própria família e depois no sistema de ensino formal, ou seja, a escola.
A família, especialmente se for de classe média para cima, na escala social, inibe a busca de um empreendimento com o discurso das “maravilhas”de um emprego.
Especialmente se puder conseguir algo em uma grande empresa privada ou realizar um concurso para a administração pública. Ou seja, ilusões do mundo organizacional que impregnaram a vida passada dos pais.
O segundo obstáculo para o jovem ela vai encontrar na Escola. Especialmente nos programas acadêmicos que ainda educam as pessoas para buscar o emprego formal e tornar-se um funcionário adaptado à empresas que muitas vezes já não existem no mercado.
O segundo agrupamento mencionado é o Executivo ou profissional que decide abandonar o emprego para criar algo próprio. E neste caso as dificuldades são de outra ordem.
Acostumado, por longo tempo, com as “benesses” do mundo empresarial , o profissional imagina criar algo onde vai assumir muito mais o cargo de “presidente”, uma vez que agora o negócio “será seu “. E mal sabe ele que necessita estar preparado para conciliar, por um bom tempo, os papéis de Presidente e Office-Boy, simultaneamente.
Na empresa havia um superior de quem ele podia reclamar. Uma secretária que resolvia as questões menores… e maiores. Alguém que ele nem identifica claramente, mas paga a conta de luz, água , telefone e condomínio. Só que agora tudo isto deverá sair do seu bolso.
Portanto o novo desafio será grande. Mas, acima de tudo ele deverá alterar sua postura de empregado para empreendedor. E muitos não conseguem isto com facilidade.
Por último, o que não significa que esgotam as alternativas, existe o profissional que se aposenta e imagina realizar o sonho da sua vida criando um negócio próprio.
Para este caso aplicam-se as reflexões colocadas para os que decidem abandonar o emprego.
Além disto, é da maior importância que o preparo para esta nova fase de vida tenha se iniciado com, pelo menos, 12 ou 18 meses de antecedência do desligamento.
Uma das maiores dificuldades que encontram os aposentados, especialmente aqueles que trabalharam na mesma empresa por longo tempo, é criar uma nova “identidade”, ou seja, substituir o sobrenome que vão perder no dia seguinte em que se transformam em “ex”.
Enfim, o que procurei alertar neste artigo é para os cuidados que cada agrupamento deve levar em conta ao empreender.
Cada grupo destes necessita abordar o tema de forma distinta, da mesma maneira como não existe uma receita para o sucesso de todos eles.
Empreender é uma arte que varia para cada caso e situação. Mas o país precisa, a cada dia, de novos empreendedores. E também este é um país com muitas oportunidades, escondidas atrás dos problemas que todos conhecemos.