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O maturi Dorival Bentivegna começou um negócio quando tinha 83 anos e faz sucesso na mídia e nas redes sociais.
“Quem para, enferruja e não adianta nem óleo”. A frase é do empreendedor Dorival Bentivegna. Com 86 anos, ele acorda todos os dias e assume a cozinha da casa para preparar strudel que vende por meio de encomendas recebidas pelas redes sociais.
Esta rotina começou em 2017 como atividade principal quando precisou reforçar a renda para pagar as despesas da casa e do plano de saúde e tem crescido a cada dia.
Mas a veia empreendedora deste maturi é antiga. Ele aprendeu a fazer o doce há mais de trinta anos, quando trabalhava em uma loja de alimentos e bebidas importados com donos austríacos, alemães e húngaros.
Lá havia um espaço ocioso e uma colega de trabalho aproveitava para fazer a torta com recheio de banana e maçã. Interessado em aprender, sugeriu que fosse vendido no bar e foi um sucesso. Os sócios acabaram se desentendendo e a produção foi paralisada.
No paralelo, a mãe vendia doces em uma barraca na Praça da República, aos domingos, e o strudel entrou no cardápio.
O negócio foi passado para a mulher do sr. Bentivegna que produzia pavê, canoli, tiramisu, entre outras sobremesas italianas. As filhas Maristela e Rejane também participavam do negócio dominical enquanto mantinham outros empregos. Maristela, em um banco, Rejane, como professora e o pai em funções administrativas
O empreendimento familiar ganhou força, e, hoje, toma o tempo e a dedicação dos três pois faz um ano e meio que a esposa Zenaide faleceu. As funções foram divididas e todos tomam as decisões em conjunto. O patriarca cuida do produto principal e é o garoto propaganda, Rejane dos outros doces e a Maristela é a responsável pela comunicação.
Ela que começou a usar a imagem do pai no Twitter e no Facebook para divulgar o strudel e gerencia o WhatsApp. Primeiro a entrega era feita apenas no bairro do Butantã, na zona oeste de São Paulo ou na barraca da Praça da República. “A quarentena mudou o nosso sistema. Vamos até o cliente e a gente se caracteriza [máscara, álcool em gel] para não ter problema com o vírus”, explica Dorival. “Juntamos os pedidos de cada bairro e cada semana, as minhas filhas saem para as entregas. Eu fico em casa bem quietinho”.
Quietinho não é a palavra correta para quem conhece o dia a dia dele. Os trabalhos começam pouco depois das 6 da manhã e vão até às 10 da noite. São feitas cerca de 25 de tortas por dia. E os pedidos devem crescer para o Dia da Mães. Tudo isso levou a ampliação da cozinha da casa para uma de escala industrial e pensa até em contratar funcionários.
“Não tenho como me queixar, gosto muito do que faço e tenho duas pérolas do meu lado”, afirma. “Sinto falta da minha mulher já que fomos casados por 62 anos, mas o que sei é que a vida é bela”.
Dorival participa ativamente do nosso grupo do Facebook, Comunidade Maturi. Fique ligado nas nossas redes, quem sabe você é o próximo a ter a sua história contada aqui no nosso blog