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José Fernando Rocha Coelho deixou altos cargos executivos para encontrar novas formas de se sentir autor de sua trajetória profissional.
Sua trajetória bem que poderia dar um roteiro de Hollywood e não é à toa que José Fernando Rocha Coelho ganhou o papel de “Um Senhor Estagiário” depois de ter alcançado em sua vida profissional os mais altos cargos do mundo corporativo em empresas como Shell, IBM, Lotus, Microsoft e Salesforce.
Hoje, assume com bom humor a comparação com Robert de Niro, no filme de 2015, ocupando o cargo de diretor de vendas da The Plot Company, empresa especializada em storytelling para produtos audiovisuais, cuja média de idade do seu quadro de funcionários é de 21 anos.
“O clima dentro da empresa não tem nenhum peso de idade. O que vale é tirar a casca de executivo e lembrar sempre: você está em uma posição, mas você não é esta posição”, ensina com toda a sabedoria que a sua a senioridade nos dá.
Atualmente, tem trabalhado em homeoffice da sua casa em Avaré, cidade onde nasceu e mantém suas raízes, por mais de 10 horas por dia. A tecnologia e a distância nunca lhe assustou. Aliás, construiu sua carreira em empresas de vanguarda. "Sou um dinossauro e acompanhei uma evolução sem igual. Tenho muita gratidão por estar vivendo neste período da história da humanidade na qual o progresso impactou em uma mudança drástica e rápida da sociedade”, afirma.
“Sou do tempo que os computadores enormes ficavam trancados em uma sala inacessível e agora, todo mundo tem um na palma da mão”, completou.
Acompanhou o glória e ascensão da maioria delas: da TV branco e preto a 8K; do telefone fixo ao smartphones; do DOS ao Windows; do Orkut ao Facebook; do ICQ ao WhatsApp; do PacMan ao Minecraft.
Vivenciou de perto a morte da Lotus, companhia de software que inventou a primeira planilha, foi comprada pela IBM e engolida pela Microsoft, pois não soube perceber o avanço das inovações. Mais um clássico que mostra que não dá para ficar parado mesmo tendo um produto de ponta em mãos.
Com 59 anos, Coelho está empolgado e cheio de planos apesar da quarentena. Nem parece a mesma pessoa que caiu em depressão ao ser despedido, com 18 meses de casa, da Salesforce onde ingressou em 2017, depois de deixar o cargo de diretor de Tech Sales & Software Lab Services para a América Latina da IBM.
Saiu do comando de mais de 600 pessoas para uma esquema de trabalho mais individual o que lhe trouxe dificuldades de adaptação. “Fiquei muito frustrado em não conseguir performar e com a minha falta de capacidade de lidar com aquela nova situação”.
Demorou um pouco para encontrar forças para se reerguer do que considerou o seu segundo e maior fracasso. O primeiro, foi a falência da West Informática que fundou em 1987, e fechou como uma das consequências desastrosas da interferência do Plano Collor na economia do País e que ele atribui também a falta de traquejo e experiência.
Aos poucos, foi se abrindo para novas oportunidades, entrou para o board de da startup Anáhata Serviços Agronômicos, que oferece uma solução para a supressão de pragas agrícolas, presta consultoria por meio da JfrC Consultoria, está escrevendo um livro sobre gordofobia nas empresas e dá cursos e palestras.
Foi neste ponto que seus caminhos e da Plot se cruzaram mais uma vez. O executivo tinha conhecido o dono da empresa, Joni Galvão, quando ainda tinha o crachazão da IBM no peito. “Ele me ajudou a moldar uma palestra que tinha de fazer e trouxe uma abordagem completamente disruptiva”, relembra. “No ano passado, o contatei para que me auxiliasse na montagem dos produtos desta nova etapa da minha vida e de cliente, virei parte do time”.
Agora, além de se ocupar dos novos negócios da empresa, continua a mil com o livro. Quer contar como deu a virada da obesidade mórbida para uma vida saudável e o que sofreu por causa da sua aparência diante dos chefes, colegas, clientes e fornecedores.
Hoje, também luta pelo estigma da idade e da super qualificação. “Tudo isso não pode ser uma barreira para a gente deixar de produzir”, relata. “O importante é sermos flexíveis e buscar modelos diferentes de trabalho. Afinal, não sabemos o que vai ser do mundo, mas não temos de aprender tudo a fórceps”.
Com um pouco de controle de ansiedade, fé e abertura dá para escrever uma história com final de feliz.
Se quer conhecer mais da trajetória e dos pensamentos de José Fernando Rocha Coelho, acompanhe a gravação da live do Maturi que participou em 14 de maio aqui.
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