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Para os empreendedores atuais ou os leitores interessados em se jogar no mercado como freelancer, esse artigo os ajudará a articular melhor suas ideias para a construção de um negócio autônomo e sustentável.
Há inúmeros caminhos para o sucesso como empreendedor autônomo. Se 10 pessoas forem perguntadas sobre como chegar à lucratividade sustentável sendo freelancer, obteremos 10 respostas diferentes.
Dependerá do contexto e das singularidades de cada um. A pandemia, por exemplo, ao mesmo tempo que provocou o fechamento de empresas e o desemprego, obrigou o lançamento e a expansão de projetos e facilitou a contratação de autônomos.
Jon Younger, em artigo sobre trabalho no futuro publicado na Forbes, identifica 7 temas que, juntos, propõem estratégias para empreendedores autônomos que utilizam plataformas – setor que está em permanente inovação – seja pelo aparecimento de novas tecnologias, ou pela globalização dos serviços, ou ainda, pelas dificuldades de encontrar emprego em países como o Brasil.
Quando o sucesso é alcançado, há vantagens profissionais, financeiras e econômicas em tornar-se um freelancer. Isto ocorre quando há disposição e abertura para o conhecimento de instrumentos disponíveis, como as plataformas.
É preciso estar atento, porque tão importante quanto a tecnologia é o público – clientes e membros autônomos – que elas se propõem a atender. Portanto a escolha da plataforma, ou das plataformas, é um grande fator de impacto na busca da lucratividade sustentada. Confira:
Aqui, começam as escolhas. A procura é por uma plataforma global ou regional? Upwork, Fiverr e Freelancer.com são as globais mais conhecidas. Upwork tem 18 milhões de membros e a Freelancer.com, 45 milhões. FlexingIt na Índia, Workhoppers no Canadá e WePloy na Austrália são exemplos de plataformas que se fortaleceram regionalmente.
Elas têm uma ampla oferta “on demand”, incluindo profissionais altamente qualificados em muitas áreas e também “gigsters” que fornecem variados serviços. Workhoppers concentra habilidades de consultoria e análise de negócios a assistentes administrativos virtuais.
Upwork se descreve como oferecendo milhares de categorias de gigsters e freelancers. No Brasil as mais conhecidas são Workana, GetNinjas e MaturiServices.
MaturiServices, a caçula das plataformas, é uma iniciativa da Maturi, startup pioneira no Brasil para 50+ encontrarem novos caminhos profissionais, além de orientação pessoal, capacitação profissional, novas conexões, vagas de emprego e empreendedorismo.
Uma segunda abordagem que influencia na escolha da plataforma é a oferta de serviços com qualidade constatada.
Isso pode ser visto sob três aspectos: a) capacidade de atrair e garantir especialistas de reconhecida competência; b) manutenção da lealdade dos especialistas e o fornecimento de seus serviços com exclusividade; e c) preservação da reputação desses especialistas e sua capacidade de trabalhar em equipe, quando solicitados.
Toptal é um forte exemplo desta abordagem, oferece uma quantidade menor de talentos, mas os freelancers que eles representam nas áreas de tecnologia, finanças e gerenciamento de projetos estão entre os melhores do setor.
Communo é outra, ganhou respeito ao tornar tecnologicamente viável o programa de Jon Krasinski no Youtube, Some Good News. HeroX tem uma reputação semelhante de qualidade.
Plataformas independentes em consultoria de gestão como Worksome na Dinamarca, Weem na França e Comatch na Alemanha também são bons exemplos, assim como a Catalant nos EUA. Cada uma está focada em construir uma reputação de destaque em seu espaço.
Uma terceira abordagem é a busca por plataformas que fizeram parcerias consistentes, que podem ser vistas como uma relação mutuamente benéfica entre a plataforma e seu host ou parceiro.
Por exemplo, Experfy, plataforma de IA, achou útil fazer parceria com a Deloitte. AceUp voltada para o coaching executivo trabalha em estreita colaboração com o Harvard-Maclean Institute of Coaching. Spacely, focada na indústria espacial e de satélite, é parceira da Topcoder. Torchlite está vinculada ao Salesforce e a OdeCloud está conectada ao Netsuite.
O desafio é a plataforma se manter forte no mercado e ao mesmo tempo a um passo à frente de seu host ou parceiro.
Há uma quarta abordagem que está focada na construção de uma comunidade forte de freelancers: trabalhar juntos e ajudar uns aos outros compartilhando oportunidades.
A maioria destas ocasiões não flui através das páginas das plataformas, mas, sim, através de relacionamentos entre os freelancers. Construir relacionamentos é construir cooperação.
Esta abordagem possui três elementos importantes:
a) o foco é a construção de relacionamentos. Plataformas como Hoxby no Reino Unido e Contra nos EUA são bons exemplos;
b) os freelancers são incentivados e recompensados por trazer oportunidades para a plataforma;
c) as plataformas mostram compromisso com seus talentos, criando oportunidades, por exemplo, contratando profissionais membros para trabalhos internos, oferecendo educação contínua e especulando sobre as tendências da demanda de trabalho.
Uma quinta estratégia das plataformas é assumir total responsabilidade por um projeto. Virtasant é um forte exemplo dessa recente abordagem, assim como a Comet, uma plataforma de tecnologia com sede em Paris. Startups como a Omdena estão fornecendo equipes de projeto usando IA e métodos de crowd sourcing. Freelancing Teams e Vicoland são outros excelentes exemplos.
Good Judgment e Neutigers fornecem serviço semelhante, reunindo especialistas para resolver problemas críticos ou desenvolver um novo serviço ou produto.
Em dois aspectos esta é uma grande mudança em relação ao início das plataformas para freelancers:
a) quando há um compromisso com um resultado há uma mudança do conceito de plataforma para o de agência;
b) o conceito de freelancer vai muito além de um recurso suplementar on demand.
Uma sexta estratégia é manter-se pequena, o oposto das grandes em rede. O 10Xmanagement é um bom exemplo, seus principais executivos, Rishon Blumberg e Michael Horowitz eram, na verdade, agentes de bandas de rock and roll antes de se tornarem estrelas da tecnologia.
We-cruit na Dinamarca, PR Cavalry na Escócia, Sneakers & Jackets na França e LifeSciHub nos EUA são todos fortes exemplos de uma proposta menos é mais.
Finalmente, uma sétima estratégia é fornecer o ecossistema de suporte para as empresas criarem suas próprias plataformas de freelancer. Zivio, Kalo, Bonzai seguiram o conselho de Levi Strauss durante a corrida do ouro na Califórnia: “você ganha mais dinheiro vendendo equipamentos, ferramentas e roupas de trabalho para os mineiros do que prospectando ouro”.
Twago e MBO encontraram seus lugares na revolução do freelance, oferecendo ajuda às empresas na construção de sua própria plataforma. Empresas como a Payoneer fornecem serviços de pagamento, a Degreed oferece serviços de educação e de benefícios coletivos.
Organizações sem fins lucrativos como Freelance Union nos EUA, IPSE no Reino Unido e redes sociais comerciais como Freelancer.eu na Europa, Endo-exo na Bélgica e FreelancerClub no Reino Unido são exemplos recentes de expansão desta categoria.
Além dos temas apresentados existem outras abordagens para o negócio de freelancer. Por exemplo, abordagem de arbitragem trabalhista da NS.work, com sede na Holanda, ou da Pangara, com base no Vietnã, são exemplos de oportunidades crescentes em setores como finanças e RH.
Os leitores que conhecerem outras abordagens fiquem à vontade para compartilhar conosco caminhos inovadores para a lucratividade sustentável; o que podemos chamar de revolução do freelancer.