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Albert Einstein, (1879-1955), foi um físico teórico alemão. Entre seus principais trabalhos desenvolveu a teoria da relatividade geral, ao lado da mecânica quântica um dos dois pilares da física moderna, foi laureado com o Prêmio Nobel de Física, aos 42 anos.
Publicou mais de 300 trabalhos científicos, juntamente com mais de 150 obras não científicas. Suas grandes conquistas intelectuais e originalidade fizeram da palavra “Einstein” sinônimo de gênio. Em 1999 foi eleito por 100 físicos renomados o mais memorável físico de todos os tempos.
No mesmo ano a revista TIME, em uma compilação com as pessoas mais importantes e influentes, o classificou a pessoa do século XX.[1]
Em 1879, ano em que nasceu a expectativa de vida média do alemão era de 46 anos, Einstein morreu aos 76.
Porque inicio este artigo com uma minibiografia daquele cujo nome virou “sinônimo” de gênio?
Desde que iniciei minhas reflexões no universo da Longevidade e do Envelhecimento, eu diria que construirmos uma equação entre o trabalho, a aposentadoria, a previdência social e a necessidade de dar significado a vida é um dos desafios que mais me mantem alerta.
Por vezes, chego a pensar que precisaríamos de um “Einstein” para montarmos esta equação na qual todos os fatores que nos circundam estivessem contemplados, cada qual com seu peso ponderado.
Diariamente, ao abrir os jornais, me deparo com os números previdenciários. Valores estes tão “tristes” e desesperadores que chegam a nos convencer que este é o grande problema que, enquanto indivíduos e sociedade, precisamos discutir e resolver.
Precisamos lembrar que a aposentadoria não foi criada para ser a nossa única fonte de renda nesta fase. Ela tem o conceito de benefício (cujo significado está relacionado à proveito, ajuda, vantagem); e se assim entendido, deve complementar o orçamento quando se obtém o direito a usufruí-lo.
Distraídos pela ênfase midiática em torno da questão previdenciária, esquecemos das outras variáveis, que estão diretamente relacionadas aos desafios que a Longevidade nos apresenta: os fatores financeiros e não financeiros – o lado econômico e o psicológico – o racional e emocional.
A questão financeira é essencial para vivermos mais, porém o dinheiro está longe de ser o único componente com o qual devemos nos preocupar. A família, amigos, saúde mental, relacionamentos, prazer, propósito são todos de crucial importância.
Mas qual seria esta equação que colocaria peso em cada uma destas variáveis, para que pudéssemos contemplá-las em nosso projeto de vida?
Diante desta pergunta, coloco a relevância de pensarmos nisto sempre, porque diferente da lógica da matemática, a nossa vida não é linear. Eu até ousaria dizer que a curva é individual e escrita ao longo dos anos.
Os pesos mudam, escrevemos nossa equação à medida que amadurecemos, e a ajustamos ao longo da vida.
Isto só reforça a importância da necessidade de um Projeto de Vida, que contemple nossa Reinvenção. Teremos que nos reinventar, pensar fora da caixa, criar novas formas de trabalho, de prazer, aceitar novos desenhos de família, de moradia, de relacionamentos.
A Longevidade desafia e desafiará cada vez mais nossa criatividade. A vida mais longa nos ensinará esse exercício, num futuro breve a criatividade não será mais um atributo do jovem, será do velho que se Reinventa e Resignifica todos os dias.
O envelhecimento ainda hoje nos pega de surpresa, porque continuamos distraídos imaginando que discutir, criticar ou aceitar a reforma da previdência é nossa única lição de casa.
Somos todos matemáticos de nossas vidas, administramos nossos números diariamente: quantas horas dormimos, quantas ficamos acordados, quanto dinheiro gastamos, quando ganhamos, quantas calorias ingerimos, quantas gastamos, enfim… mesmo sem perceber os números nos rodeiam.
Convido a todos os meus leitores matemáticos, professores, executivos, mães e pais, médicos, e outros profissionais a iniciarem o esboço de sua equação. Sem ela não existe Projeto de Vida, e sem projeto nosso tempo de existência passa sem significado.
No livro “The 100-year life, Living and working in na Age of Longevity” escrito por Lynda Gratton e Andrew Scott, professores da London Business Scholl, fica muito explicita a necessidade que temos da busca de significado para esta vida de 100 anos.
O trabalho entra não só no contexto formal, mas também como instrumento dentro desta busca.
Os autores reforçam que a Longevidade trará uma nova realidade, e com isso viveremos várias transformações, entre elas: