A Matemática do Projeto de Vida

Denise Mazzaferro • 21 de dezembro de 2016

Albert Einstein, (1879-1955), foi um físico teórico alemão. Entre seus principais trabalhos desenvolveu a teoria da relatividade geral, ao lado da mecânica quântica um dos dois pilares da física moderna, foi laureado com o Prêmio Nobel de Física, aos 42 anos.


Publicou mais de 300 trabalhos científicos, juntamente com mais de 150 obras não científicas. Suas grandes conquistas intelectuais e originalidade fizeram da palavra “Einstein” sinônimo de gênio. Em 1999 foi eleito por 100 físicos renomados o mais memorável físico de todos os tempos.


No mesmo ano a revista TIME, em uma compilação com as pessoas mais importantes e influentes, o classificou a pessoa do século XX.[1]


Em 1879, ano em que nasceu a expectativa de vida média do alemão era de 46 anos, Einstein morreu aos 76.


Porque inicio este artigo com uma minibiografia daquele cujo nome virou “sinônimo” de gênio?


Desde que iniciei minhas reflexões no universo da Longevidade e do Envelhecimento, eu diria que construirmos uma equação entre o trabalho, a aposentadoria, a previdência social e a necessidade de dar significado a vida é um dos desafios que mais me mantem alerta.


Por vezes, chego a pensar que precisaríamos de um “Einstein” para montarmos esta equação na qual todos os fatores que nos circundam estivessem contemplados, cada qual com seu peso ponderado.


Diariamente, ao abrir os jornais, me deparo com os números previdenciários. Valores estes tão “tristes” e desesperadores que chegam a nos convencer que este é o grande problema que, enquanto indivíduos e sociedade, precisamos discutir e resolver.


Precisamos lembrar que a aposentadoria não foi criada para ser a nossa única fonte de renda nesta fase. Ela tem o conceito de benefício (cujo significado está relacionado à proveito, ajuda, vantagem); e se assim entendido, deve complementar o orçamento quando se obtém o direito a usufruí-lo.


Distraídos pela ênfase midiática em torno da questão previdenciária, esquecemos das outras variáveis, que estão diretamente relacionadas aos desafios que a Longevidade nos apresenta: os fatores financeiros e não financeiros – o lado econômico e o psicológico – o racional e emocional.


A questão financeira é essencial para vivermos mais, porém o dinheiro está longe de ser o único componente com o qual devemos nos preocupar. A família, amigos, saúde mental, relacionamentos, prazer, propósito são todos de crucial importância.


Mas qual seria esta equação que colocaria peso em cada uma destas variáveis, para que pudéssemos contemplá-las em nosso projeto de vida?


Diante desta pergunta, coloco a relevância de pensarmos nisto sempre, porque diferente da lógica da matemática, a nossa vida não é linear. Eu até ousaria dizer que a curva é individual e escrita ao longo dos anos.


Os pesos mudam, escrevemos nossa equação à medida que amadurecemos, e a ajustamos ao longo da vida.

Isto só reforça a importância da necessidade de um Projeto de Vida, que contemple nossa Reinvenção. Teremos que nos reinventar, pensar fora da caixa, criar novas formas de trabalho, de prazer, aceitar novos desenhos de família, de moradia, de relacionamentos.


A Longevidade desafia e desafiará cada vez mais nossa criatividade. A vida mais longa nos ensinará esse exercício, num futuro breve a criatividade não será mais um atributo do jovem, será do velho que se Reinventa e Resignifica todos os dias.


O envelhecimento ainda hoje nos pega de surpresa, porque continuamos distraídos imaginando que discutir, criticar ou aceitar a reforma da previdência é nossa única lição de casa.

capa do livro the 100-year life living and working in an age of longevity

Somos todos matemáticos de nossas vidas, administramos nossos números diariamente: quantas horas dormimos, quantas ficamos acordados, quanto dinheiro gastamos, quando ganhamos, quantas calorias ingerimos, quantas gastamos, enfim… mesmo sem perceber os números nos rodeiam.


Convido a todos os meus leitores matemáticos, professores, executivos, mães e pais, médicos, e outros profissionais a iniciarem o esboço de sua equação. Sem ela não existe Projeto de Vida, e sem projeto nosso tempo de existência passa sem significado.


No livro “The 100-year life, Living and working in na Age of Longevity” escrito por Lynda Gratton e Andrew Scott, professores da London Business Scholl, fica muito explicita a necessidade que temos da busca de significado para esta vida de 100 anos.


O trabalho entra não só no contexto formal, mas também como instrumento dentro desta busca.


Os autores reforçam que a Longevidade trará uma nova realidade, e com isso viveremos várias transformações, entre elas:


  • existirão novas carreiras e novas habilidades;
  • a vida terá mais estágios – o modelo de vida dividida em 3 estágios: juventude, meia idade e velhice, não irá mais funcionar;
  • mais relações intergeracionais em nossa vida pessoal e profissional;
  • mais transições serão a norma: antes tínhamos duas transições centrais – da educação para o trabalho e do trabalho para a aposentadoria;
  • ser mais flexível, adquirir mais conhecimento, explorar novas formas de pensar, ver o mundo e os acontecimentos sob diferentes perspectivas, fazer novas relações e deixar velhos preconceitos;
  • recriação será mais importante do que Recreação; Classificações etárias terminarão.
  • a idade deixará de ser determinante para o seu estágio de vida;

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Quando começar a se planejar para aposentadoria? Quanto mais cedo você começar a planejar a sua aposentadoria, maiores serão as chances de alcançar seus objetivos financeiros. Mesmo para quem está próximo da aposentadoria, nunca é tarde para começar a planejar e tomar medidas para melhorar sua situação financeira futura. Qual sua aposentadoria ideal? O primeiro passo é visualizar como você gostaria que fosse sua aposentadoria. Pense em questões como: ● Onde você gostaria de morar? ● Que tipo de atividades gostaria de realizar? ● Quais são seus sonhos e aspirações para essa fase da vida? Essa reflexão ajudará a determinar o montante financeiro necessário para sustentar o estilo de vida desejado. E a partir dela, você conseguirá seguir os próximos passos! Calcule suas necessidades financeiras futuras Com base em sua visão de aposentadoria, é importante fazer uma estimativa realista de suas necessidades financeiras futuras. Considere fatores como: ● custos de moradia; ● alimentação; ● saúde; ● lazer; ● possíveis imprevistos. Lembre-se de levar em conta a inflação ao fazer esses cálculos. Estabeleça metas concretas e mensuráveis Por exemplo, em vez de simplesmente dizer "quero ter uma aposentadoria confortável", estabeleça uma meta como "preciso acumular R$ X até os 65 anos para ter uma renda mensal de R$ Y durante a aposentadoria". Metas específicas são mais fáceis de acompanhar e alcançar. Crie um cronograma realista Desenvolva um cronograma realista para atingir suas metas. Divida seus objetivos em etapas menores e estabeleça prazos para cada uma delas. Isso tornará o processo menos intimidante e permitirá que você acompanhe seu progresso de forma mais eficaz. Revise e ajuste suas metas periodicamente Lembre-se de que o planejamento financeiro para a aposentadoria é um processo dinâmico. À medida que sua vida muda, suas metas também podem precisar de ajustes. Faça revisões periódicas de seus objetivos e ajuste-os conforme necessário para garantir que permaneçam relevantes e alcançáveis. Melhores investimentos para a aposentadoria Existem diversas estratégias e opções de investimento disponíveis, e é importante escolher aquelas que melhor se adequam ao seu perfil e objetivos. Confira algumas dicas: Diversificação: a chave para reduzir riscos Uma das regras de ouro do investimento é a diversificação. Distribuir seus recursos em diferentes tipos de ativos ajuda a reduzir riscos e aumenta as chances de obter retornos consistentes ao longo do tempo. Investimentos de renda fixa Opções de renda fixa oferecem segurança e previsibilidade de retorno, como: ● Títulos do Tesouro Direto ; ● CDBs ; ● LCIs/LCAs. Esses investimentos são especialmente importantes para quem está próximo da aposentadoria ou tem baixa tolerância ao risco. Investimentos em renda variável Ações, fundos de investimento e ETFs têm potencial de retornos mais elevados, embora tenham maior volatilidade. Para quem está longe da aposentadoria, alocar uma parte do dinheiro em renda variável é uma estratégia para buscar crescimento de longo prazo. Previdência privada: PGBL e VGBL Os planos de previdência privada , como PGBL e VGBL, são opções para complementar a aposentadoria. Eles oferecem benefícios fiscais e podem ser uma forma disciplinada de poupar para o futuro. Investimentos imobiliários Investir em imóveis pode ser uma forma de gerar renda passiva para a aposentadoria. Isso pode incluir a compra de imóveis para aluguel ou investimentos em fundos imobiliários. No entanto, é importante considerar os custos e responsabilidades associados a esse tipo de investimento. Por que se preparar? Ao seu aposentar, é esperado que sua renda tenha alterações. Mesmo se aposentando com o teto máximo do INSS, existe a chance de seu benefício ser menor do que você ganhava na ativa. Lembre-se: com um bom planejamento financeiro, você estará preparado para aproveitar ao máximo essa etapa, livre de preocupações financeiras e pronto para realizar seus sonhos e aspirações. Gostou das dicas? Conheça o Blog do Mercantil e acompanhe mais conteúdos sobre finanças na aposentadoria!
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