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A campanha Janeiro Branco quer chamar a atenção para a saúde mental e um dos temas abordados neste mês é a síndrome de burnout. Vamos entender por quê?
Relações saudáveis são relações que produzem saúde mental. Traduzindo para o mundo do trabalho, isso ganha um peso maior ainda no enfrentamento de distúrbios como a síndrome de burnout, desgaste que prejudica os aspectos físicos e emocionais da pessoa, levando a um esgotamento profissional.
Recentemente, a síndrome de burnout foi incluída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na sua Classificação Internacional de Doenças. A origem da palavra “burnout” teve origem nos EUA e significa “chamuscado”. Mas quais são as causas desse distúrbio?
Segundo especialistas em psicologia e saúde mental, a doença se manifesta quando a relação com o trabalho acaba se transformando em estresse, ansiedade e nervosismo intensos. A pessoa se sente levada ao seu limite, físico ou emocional, com sentimentos de cansaço, desmotivação para o trabalho e esgotamento.
Pesquisa feita pelo Datafolha em 2021, através da plataforma de saúde mental Zenklub, mostrou que 64% dos trabalhadores brasileiros não receberam nenhum benefício de seus empregadores para cuidar da saúde mental.
O levantamento foi realizado presencialmente, entre os dias 2 e 7 de agosto, com 1.197 pessoas que trabalham e têm a partir de 18 anos, de todas as classes econômicas, conforme critérios da PNAD 2019 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Os entrevistados são moradores de 129 municípios, espalhados pelas cinco regiões do país.
O objetivo da pesquisa foi entender o impacto da pandemia, que começou em março de 2020, na saúde mental dos trabalhadores no país. Embora 64% dos entrevistados não recebam nenhum tipo de benefício para tratar a saúde mental, quando questionados se recursos como terapias online e treinamentos sobre habilidades emocionais podem ajudar a lidar com os impactos da pandemia, 86% disseram que sim.
O Datafolha identificou que 61% dos entrevistados afirmaram ter sobrecarga de trabalho nos últimos 12 meses. Quando questionados sobre os sentimentos que vieram à tona no período, os trabalhadores afirmaram que tiveram ansiedade (66%), exaustão ou muito cansaço (61%), insônia ou dificuldade para dormir (54%) e depressão (26%).
Um levantamento da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda, apontou que:
Por isso a campanha Janeiro Branco tem uma grande importância para sensibilizar as empresas em relação aos cuidados que se deve ter com a saúde mental.
Em um olhar mais atento da Maturi sobre o tema para construir esse artigo, pedi ajuda à nossa Gerente de Projetos, Fabi Granzotti, que já sofreu com a síndrome de burnout e dá algumas dicas para enfrentar o problema. Acompanhe a seguir:
“Para as organizações, os anos de 2020 e 2021 trouxeram o entendimento definitivo de que cuidar da saúde mental de seus colaboradores é tão importante quanto cuidar da saúde financeira.
A sobrecarga de estresse pode vir de diversas formas, e normalmente ela se torna invisível para nós mesmos. Eu Fabi, passei pela Síndrome de Burnout em um determinado momento de minha carreira, e que foi disparado pelo estresse de não pertencer a um propósito.
Me vi em uma carreira que já não fazia mais tanto sentido e não havia felicidade nos resultados. Somando-se ao estresse elevado do dia-a-dia, isso foi uma bomba relógio.
A corporação não percebeu, eu não percebi. Poderia ter sido muito pior se eu não tivesse entendido que a transição de carreira era possível. Hoje tenho um olhar atento a todos os desafios, equilibrando ao máximo todas as áreas da vida, e para me auxiliar neste caminho não abro mão da terapia contínua.
Por isso, as organizações precisam colocar foco essencialmente em algumas ações: líderes, gestores, RH e os próprios colaboradores entre si, escutando e percebendo. Conhecimento (informação ao máximo), empatia e suporte são os pilares que não podem mais faltar em uma empresa sadia”.
O Dr Drauzio Varela indica que mudanças no estilo de vida podem ser a melhor forma de prevenir ou mesmo tratar a síndrome de burnout:
O Janeiro Branco é uma campanha no mesmo nível das campanhas Outubro Rosa e Novembro Azul. O seu objetivo é chamar a atenção da humanidade para as questões e necessidades relacionadas à Saúde Mental e Emocional das pessoas e das instituições humanas.
Uma humanidade mais saudável pressupõe uma cultura da Saúde Mental no mundo!
De acordo com o site oficial da campanha:
Porque, no primeiro mês do ano, em termos simbólicos e culturais, as pessoas estão mais propensas a pensarem em suas vidas, em suas relações sociais, em suas condições de existência, em suas emoções e em seus sentidos existenciais.
E, como em uma “folha ou em uma tela em branco”, todas as pessoas podem ser inspiradas a escreverem ou a reescreverem as suas próprias histórias de vida.
O Janeiro Branco promove palestras, palestras-relâmpago, oficinas, cursos, workshops, entrevistas midiáticas, caminhadas, rodas de conversa e abordagem de pessoas em todos os lugares nos quais as pessoas se encontram: ruas, praças, igrejas, empresas, residências, academias, shoppings, hospitais, prefeituras etc.
Nesse ano, por causa da pandemia do Covid-19 que continua, a campanha está priorizando espaços abertos e meios online. E, vale dizer, o Janeiro Branco não aborda somente a síndrome de burnout, mas todas as implicações relacionadas à saúde mental.