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World Economic Forum – 19/06/2018
Durante a próxima década, o escasso mercado de trabalho dos Estados Unidos continuará nas manchetes. A razão fundamental é que a quantidade de Baby Boomers que se aposentam superam a de trabalhadores jovens.
Um dos caminhos para que a oferta de trabalho do país atenda melhor a demanda seria se as empresas derem um foco particular à retenção de mulheres mais velhas.
Agora, e mais ainda no futuro, aumentar a participação delas criaria oportunidades econômicas substanciais. Para tornar isto concreto, mais empresas devem considerar a possibilidade de tornar o trabalho flexível um elemento básico de sua estratégia de recrutamento e engajamento de funcionários.
De todos os grupos populacionais que participam da força de trabalho dos Estados Unidos, as mulheres de 55 anos ou mais representam o segmento de faixa etária de crescimento mais rápido.
Esse grupo sozinho será responsável por mais de um terço – quase 3,6 milhões – de todos os trabalhadores adicionais que entrarem na força de trabalho na próxima década (2016-2026).
No entanto, nem todas as mulheres mais velhas têm o benefício do trabalho ser opcional. Embora o trabalho flexível não possa, por si só, resolver os seus desafios, pode proporcionar-lhes melhores opções para equilibrar as obrigações, os desejos e a necessidade financeira.
Enquanto as mulheres, em média, se aposentam com quase US$ 40 mil em poupanças, os homens chegam a US$ 60 mil. Além disso, muitas mulheres mais velhas enfrentam a dupla responsabilidade de cuidar de seus pais idosos e de seus filhos. Mulheres – com idade entre 55 e 64 anos – são, comumente, as cuidadoras de idosos e quase metade delas, também, têm filhos menores de 18 anos em casa.
Geração sanduíche
O termo geração sanduíche aplica-se àquelas pessoas que, ao mesmo tempo, são responsáveis ainda por seus filhos e que cuidam de seus pais. Com as mulheres tendo filhos mais tarde e os idosos vivendo mais do que nunca, esta geração está crescendo – e com esse crescimento afloram necessidades por mais tempo e dinheiro.
Na Wharton School da Universidade da Pensilvânia, gerentes e empregados trabalham, caso a caso, para criar um arranjo de trabalho flexível. Cada funcionário possui um laptop equipado com recursos de videoconferência. As reuniões geralmente ocorrem com metade do grupo em uma sala de conferência e a outra metade presente virtualmente.
Enquanto muitos entram no escritório todos os dias devido a demandas de negócios ou preferências pessoais, outros passam pelo menos parte da semana trabalhando em casa. As razões incluem, mas não se limitam, a parentalidade e cuidados – duas obrigações que normalmente ficam a cargo das mulheres.
Para organizações que buscam melhorar ou começar um trabalho flexível, o RH deve fornecer critérios aos gerentes para estabelecer limites em torno desses arranjos. E devem considerar a formação de gerentes na criação e avaliação de conceitos que funcionem para ambas as partes e no gerenciamento de membros da equipe remotos e flexíveis.
Essas novas formas de trabalho exigem diferentes maneiras de abordar o envolvimento dos funcionários, as avaliações de desempenho e as atribuições.
Deve-se notar que a criação de um local flexível, mas envolvente, para os trabalhadores mais velhos não tem necessariamente um custo alto. A produtividade permanece forte enquanto os líderes implementarem esses arranjos de maneira sólida. Enquanto o RH pode assumir a liderança na sugestão de arranjos diferentes, eles devem evitar elaborar políticas de tamanho único.