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Quando tinha oito anos de idade, ouvi minha tia sentenciar: você será professora. Que medo. Imagina quantas coisas novas eu precisaria aprender para me tornar uma professora. Depois de passado o susto, estufava o peito e pensava: serei professora. Era tudo que uma menina no interior, há 44 anos, poderia sonhar.
Não me tornei professora, apesar de ter dado aulas no Instituto GESC – Gestão para Entidades da Sociedade Civil – como ex-aluna do MBA de Marketing da FIA. Mas eram aulas de gestão de pessoas, coisa que estudei um bocando no passado. O que fiz, durante a minha longa experiência profissional, foi uma colagem de diversas tarefas, algumas coisas muito boas e outras nem tanto, mas em todas, aprendi muito.
Lembro com alegria dos tempos que aceitei um emprego de designer instrucional, que é alguém que dá instruções para produção de curso a distância. Pra começar, nem sabia o que significava essa função e nem sei como foi parar no meu computador aquela proposta de trabalho. Por minha sorte, tinha um cara, muito boa praça, do outro lado do computador, que me ajudou a seguir no processo seletivo. Ele foi um professor e aos poucos estava eu de emprego novo.
Ao chegar à empresa, outro medo: um bando de gente jovem. Aqueles “nerds”, como se chamava antigamente, digitando em seus computadores, num salão enorme, era uma visão aterrorizadora.
O que fazer? Como sentar? Como agir? O que conversar? Como me infiltrar naquelas cabeças jovens e inteligentes?
Não sei como, nem o que fiz, só sei que um dia me peguei com a turma de colegas do trabalho – entre 18 e 25 anos, fazendo um pod cast – arquivo eletrônico, em formato próprio, para colocar em sites do como o YouTube. Foi muito divertido. Até parecia uma menina, igual a turma toda. Sempre começando com muito medo, lógico.
O que aprendi hoje é que o medo me acompanha desde pequena e irá me acompanhar até o ultimo dia da minha vida. Sabe por quê? Porque o medo faz parte da vida de todo mundo. O medo faz com que você tenha mais atenção com as coisas ao seu redor, ele ajuda a preservar nossa vida.
Como sei que o medo é inevitável, quando vou começar um trabalho novo, penso: medo acalme-se amigo. Vamos superar mais essa juntos!
E, sabe? Sempre dá certo no final, porque sempre encontro gente disposta a me ajudar. No mundo tem muita gente que sabe e muita gente disposta a ajudar a gente quando a gente pede ajuda. E eu peço ajuda, sempre.