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friendsBee é um aplicativo focado no bem-estar emocional para ajuda mútua entre os colaboradores de uma empresa.
A abelha é considerada um inseto social tanto pela sua diversidade – são pelo menos 20 mil espécies – quanto pelo modo de ficar em comunidade: em uma colméia de tamanho médio vivem cerca de 60 mil, se ajudando mutuamente e com papéis muito definidos durante todo o período de sua vida.
Não é à toa que a friendsBee, empresa especializada em saúde e educação emocional se inspirou no mundo animal para o nome e o desenvolvimento do seu modelo de negócio.
A abelha rainha, neste caso, é Andréa Destri, CEO e fundadora, com uma longa carreira na área de recursos humanos em empresas como Zurich Seguros, Santander e Scania.
Em mais de 20 anos de profissão, acompanhou as tensões causadas no ambiente corporativo ao mesmo tempo que as empresas não ofereciam suporte e nem um espaço seguro para a o desabafo. “Mesmo o setor de recursos humanos poderia ser tendencioso na hora de promover ou demitir uma pessoa que tivesse se queixado de pressão exagerada, stress, problemas familiares”, conta a executiva. “Todo mundo acaba tendo receio de dizer alguma coisa que pode, no futuro, prejudicar sua carreira e acaba guardando as emoções dentro dela”.
E foi assim que, em 2017, acabou desenvolvendo um câncer de mama de origem emocional. Durante todo o tratamento foi estudar o impacto que tinha este tipo de comportamento e as origens dos transtornos mentais que havia observado nas empresas.
Já curada, partiu para uma pesquisa mais apurada com 600 pessoas para investigar o que impedia o indivíduo de colocar para fora aquilo que incomodava. Os principais medos eram dos julgamentos, dos preconceitos, dos rótulos, das fofocas, do famoso “o que os outros vão pensar de mim”.
Juntou-se então Rogério Canto, que cuida da tecnologia e com a designer Vanessa Destri, para criar um aplicativo na qual, anonimamente, o participante pode escrever sobre o que lhe aflige e um outro apontar caminhos ou pelo menos acolher de forma afetuosa as dores reveladas.
Ao se inscrever, cada um cria um avatar e um beename – um apelido – que com a ajuda da inteligência artificial fará o match com quem precisa ou oferece ajuda. Criou-se, assim, uma rede de conforto sem pressão e censura, em um ambiente de cooperação: uma polinização do bem para cuidar do bem-estar emocional.
A ideia original foi uma das escolhidas para participar da aceleração do BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, dentre mais de 5000 mil inscritas. “Foi neste momento que tive a certeza que estava no caminho certo e que meu propósito, de fazer diferença real na vida das pessoas, começou a sair da incubadora e ganhar vida”.
Também foi lá que percebeu que deveria contar com o aval das empresas para que efetivamente a mudança de cultura organizacional pudesse acontecer e os funcionários se empenhasse em amparar de peito aberto e usar de maneira construtiva a ferramenta.
“Atender diretamente a pessoa física ainda não está totalmente descartada, mas neste primeiro momento, foi a forma encontrada para evitar a entrada de haters e de ataques gratuitos que só vão na contramão do nosso objetivo”, esclarece Andréa. “Além disso, o contato da empresa facilita oferecer um pacote mais completo e relatórios que podem virar ações pontuais para a resolução de um problema específico”.
Das 14 empresas atendidas neste primeiro ano de funcionamento, em uma delas se notou, por exemplo, a existência do aumento de conflitos nas famílias por causa do convívio intenso no isolamento social provocado pela pandemia, o que fez a empresa em questão, oferecer os funcionários o acesso a terapia familiar. Com o pulso na mão das emoções, a organização pode agir corretivamente ou pró-ativamente.
Aliás, o que se percebeu é que no início da crise sanitária, os departamentos humanos contrataram assistência psicológica remota para intervir no “fogo do parquinho” que pegou todos de surpresa e que necessitava de uma operação imediata.
De acordo com pesquisa realizada pela consultoria em recursos humanos Mercer Marsh Benefícios, o número de empresas brasileiras que buscaram serviços de psicologia para o bem-estar emocional de seus trabalhadores passou de 2,2 milhões, antes da pandemia, para 8,1 milhões, após a Covid-19. As consultas também cresceram de 6 mil para 14 mil no mesmo período.
Neste momento, passando os primeiros socorros, as companhias optam por soluções mais perenes que contribuíam para a reversão deste quadro.
No frigir dos ovos, o investimento na saúde emocional dos funcionários aumenta a produtividade, reduz custos de planos médicos, engaja time, retém talentos, melhora a cultura e o relacionamento.
Com a parceria do Instituto de Psiquiatria, a friendsBee atua em três frentes: na prevenção com a troca de experiências via APP; na educação emocional tanto para o time como para seus líderes e nos diagnósticos para possíveis interferências como a contratação de um serviço de psicologia on-line.
São oferecidas, ainda, palestras interativas e o programa “Humanize-se”, capacitando o indivíduo para o mundo B.A.N.I (Frágil, Ansioso, Não-linear e Incompreensível) com grupos de no máximo 8 pessoas com 3 encontros de 3 horas cada.
“O presenteísmo, aquele sentimento de não estar presente, tendo só o corpo ali na frente do computador e cabeça em outro lugar, tem se tornando um custo invisível e alto para as empresas”, relata Andréa.
“Queremos agir para que todos possam virar a chave da felicidade que não é um trabalho e sim, um jeito de como se encara a vida”.
As emoções costumam se espalhar como uma radiação solar. Se uma pessoa tem pensamentos positivos, pode jorrar esse bem-estar, como fazem as abelhas.
Estima-se que uma colméia visite cerca de 35 milhões de flores por dia e que possa monopolizar a polinização de uma área de terra que correspondente a 800 campos de futebol. Imagina como isso pode realmente mudar o mundo.
Quer saber mais sobre essa rede social que se preocupa com o bem-estar emocional? Na quinta-feira (8/4), às 18h, no Instagram @SouMaturi, vai rolar mais um #MaturiTalks Live. E o Walter Alves vai conversar com a Andréa Destri sobre o tema: Educação Emocional na Maturidade. Participe!