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A força de trabalho multigeracional abre uma excelente oportunidade para os empregadores em todo o mundo.
As mudanças demográficas criam um ambiente de trabalho com pessoas nas idades mais diversas. Gerações trabalham lado a lado: dos millennials aos baby boomers.
Esta é uma tendência bastante positiva. Alguns empregadores já perceberam que utilizar a força de trabalho multigeracional é a nova chave para o sucesso. Poucos, no entanto, aproveitaram esta oportunidade.
Um caminho para a prosperidade
Aqui vão algumas evidências sobre os locais de trabalho com diversas faixas etárias:
A transformação apenas começou
Em meados deste século, os 60+ representarão 22% da população mundial – dobrando a parcela atual. E muitos estarão trabalhando.
Pessoas entre 55 e 64 anos representam 64% do mercado de trabalho entre os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – aumento de 8% em uma década.
Mais pessoas querem ou precisam trabalhar nos seus últimos anos de vida, pois, além dos benefícios financeiros, muitos apreciam o aspecto social de seus empregos e têm prazer em contribuir para um mundo melhor. Este grande número de pessoas envelhecidas garante que a diversidade etária continuará sendo um fator inovador no mundo do trabalho.
Os empregadores devem manter-se atentos
Para tirar proveito da força de trabalho multigeracional, os executivos precisam pensar criativamente. Onde encontrar os profissionais e como retê-los? Promover um clima de respeito e justiça para todos – incluindo equidade nas oportunidades de trabalho e desenvolvimento de competências – é crucial.
As políticas organizacionais que afetam o recrutamento, a avaliação, a retenção, a remuneração, a aprendizagem ao longo da vida, a saúde e o bem-estar precisam ser inclusivas em relação aos mais velhos para fortalecer toda a empresa.
Estar atento aos trabalhadores que cuidam de entes queridos em casa é um bom exemplo. Hoje, mais de 20 milhões de pessoas nos Estados Unidos têm dois empregos: um, ganhando a vida fora de casa e outro cuidando de um membro da família.
Os empregadores podem ajudar a si mesmos revisando sua abordagem de treinamento e desenvolvimento, garantindo que todos tenham igualdade de oportunidades de contribuir, independentemente da idade, do gênero, da etnia, da orientação sexual ou da condição física e sensorial.
Programas de “retorno” que ampliam as opções para as pessoas que iniciam nova fase na vida, como após a criação dos filhos ou aposentados que desejam retomar o trabalho, estão entre as formas de manter as competências críticas numa organização.
Tais políticas são cada vez mais necessárias, porque o local de trabalho do futuro valorizará o aprendizado ao longo da vida e a capacidade de adaptação a novos contextos.
A futurista que pensa o trabalho Heather McGowan analisou as principais competências – identificadas pelo Fórum Econômico Mundial -, que os trabalhadores precisam desenvolver num futuro muito próximo.
Ela descobriu que muitas dessas competências atingem o pico mais tarde na vida – ressaltando os benefícios da diversidade etária. Isso inclui resolução de problemas complexos, pensamento crítico, gestão de pessoas, coordenação compartilhada, inteligência emocional, julgamento e tomada de decisão.
É hora das lideranças priorizarem a diversidade etária
A AARP, recentemente, discutiu sobre o Futuro do Trabalho para Todas as Gerações, onde várias empresas expuseram suas políticas relativas às pessoas no futuro em todo o mundo. Um dos participantes enfatizou a importância da inclusão de uma força de trabalho com diversas idades – promovendo nos funcionários um senso de pertencimento. Outro destacou a importância da formação e qualificação contínuas no local do trabalho.
Estas ideias foram consideradas apenas um tímido início. Concluiu-se que é preciso fazer mais, muito mais. Aproveitar ao máximo a diversidade etária exigirá uma adesão muito mais ampla dos empregadores. É necessário a abertura para novas ideias e, principalmente, rejeitar estereótipos para melhor aproveitar as oportunidades.
A visão de um local de trabalho de alto desempenho e com diversas idades ainda está sendo aprimorada. A AARP se uniu ao Fórum Econômico Mundial e à OCDE num esforço chamado “Viver, Aprender e Ganhar Mais” para, nos próximos dois anos, destacar e divulgar as melhores práticas em todo o mundo envolvendo a diversidade etária.
Além de uma extensa pesquisa envolvendo 50 empregadores e parceiros de conhecimento para desenvolver insights em workshops, visitas ao local e estudos de caso, este trabalho culminará com o lançamento de uma plataforma na Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial de 2021 em Davos, Suíça.
As empresas estão sendo incentivadas a assinar o Compromisso do Empregador da AARP para ajudar a mudar a realidade atual e tornar sua organização um modelo de diversidade etária e inclusão. A lista de ações prometidas estabelece recomendações específicas, de como incluir a diversidade etária como elemento de suas estratégias, além de oferecer opções de trabalho flexíveis.
A força de trabalho multigeracional é tão inevitável quanto as tendências demográficas. Mesmo com estas constatações a oportunidade de diversidade etária pode ser perdida se as empresas prosseguirem com os negócios como de costume.
No entanto, se os empregadores tiverem clareza da importância da multigeracionalidade, se adaptarem ao novo contexto e se forem holísticos em sua abordagem, empregar esta nova força de trabalho trará prosperidade e vida longa a todos os envolvidos.