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Com mais de 16 palestras, 40 oficinas, 4 momentos de networking e até a novidade da lista “Eu Busco / Eu Ofereço”, o maturifest 2021 foi cheio de aprendizados para a vida e para os negócios.
“O evento foi uma lição de: Faça bem feito. Faça com amor!”. Esta é a opinião de Adiel Lages, um dos seguidores do perfil da Maturi (@soumaturi) no Instagram quando perguntado “O que você aprendeu neste MaturiFest?”
Diversos estudos científicos já provaram que cérebro aprende a partir da combinação de estímulos!
O lado esquerdo é responsável pelo perfil acadêmico: do raciocínio lógico, fala, matemática.
O direito, é o lado da criatividade. Quando você debate temas, ensina a alguém ou pratica, aprende mais, porque o cérebro se esforça para estruturar a resposta por meio da interpretação dos dados absorvidos, criando um raciocínio coerente.
Com mais de 16 palestras, 40 oficinas, 4 momentos de networking e até a novidade da lista “Eu Busco / Eu Ofereço”, o lado direito do nosso cérebro foi bastante estimulado.
A teoria da pirâmide de aprendizagem, atribuída a William Glasser, aponta que temos um aprendizado ativo de mais de 70% de retenção quando conversamos, debatemos, fazemos perguntas, discutimos com outros. E foi o que mais de 2 mil participantes fizeram nos 4 dias do festival de trabalho e empreendedorismo 50 +.
“A maior lição do MaturiFest 2021 para mim foi entender dos palestrantes convidados que nunca é tarde para recomeçar ou continuar fazendo o que gosta, que pode não ser fácil, mas que tendo atitude e curtindo a jornada a gente consegue ir em frente”, comentou Mórris Litvak, CEO e fundador da Maturi. “Por outro lado, também ficou uma lição muito forte dos maturis estarem conectados e ávidos por atualização, com tantas oficinas cheias de gente interessada e engajada durante todo o evento.”
Esta edição contou com um convidado especial: o palestrante internacional Chip Conley, empresário, autor de best seller, criador da Modern Elder Academy que fechou a primeira noite com o painel “Novas formas de envelhecer: como se tornar um modern elder”.
Para ele, o mais importante de aprender é adquirir sabedoria: “O conhecimento com o tempo fica obsoleto. Um programa de informática de 50 anos atrás não é mais útil hoje. Por outro lado, a sabedoria nunca envelhece. A sabedoria está com você e tem a ver com as suas competências humanas, como a sua intuição e auto-consciência.”
Foram muitos os ensinamentos no mautifest e cada um levou para si uma mensagem diferente dependendo do seu momento de vida. Listamos aqui 10 deles que pinçamos entre tantos outros:
Alexandre Kalache
Epidemiologista médico especializado no estudo do envelhecimento, presidente do International Longevity Center-Brazil e co-presidente da Aliança Global de Centros Internacionais de Longevidade.
Painel no maturifest: Envelhecer sem medo de ser feliz
“Gostaria muito de ser lembrado pelo meu trabalho que me dá uma motivação enorme. Mas que não seja só o trabalho, porque se corre um risco enorme, sobretudo para os homens. Os homens costumam se dedicar ao trabalho e se esquecem de investir em seus recursos sociais. Pois, na hora que parar de trabalhar por qualquer razão que seja , às vezes ,e com frequência, não por escolha, ele fica no vazio. A mulher, nesse sentido, por construção social, tem laços muito mais profundos com a família, fala muito mais à vontade sobre questões que são íntimas e pessoais. O homem se tranca com esse nosso machismo estrutural e vai misturando com o idadismo, o racismo, o LGBTismo. De repente tem todos esses “ismos” que vão se somando e acabam dando medo de envelhecer sem poder ser feliz.”
Marc Tawil
Estrategista de Comunicação, empreendedor, escritor, filantropo e palestrante
Painel no maturifest: Sonhos: liberdade ou necessidade?
“O momento presente faz você entender onde está e até onde pode ir. Olhar com orgulho aquilo que já conquistou e o que não conquistou, independente da sua idade, e ir atrás: seja um curso de caligrafia, de fisioterapia, uma nova amizade ou amor. O que não pode acontecer é olhar muito para o sonho e esquecer a vida que temos agora. O sonho, muitas vezes, não aconteceu. Talvez nem aconteça. Aliás, na maioria das vezes, não acontece e quando acontece, pode ser diferente daquilo que imaginamos. Por isso, temos de tomar um pouco de cuidado na hora de sonhar de não perder o que está vivendo aqui. Aproveitar o momento presente nos dá maturidade e musculatura para sonhar direito.”
Mario Sérgio Cortella
Filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário
Painel no maturifest: Novos tempos e novas oportunidades para os 50+
“Dificilmente uma oportunidade surge. Normalmente, uma oportunidade é procurada. Os caipiras dizem: O cavalo não passa arreado duas vezes. Atenção que quando o cavalo passar, você saiba montar, esteja procurando um cavalo para montar e atento a sua volta, que tenha a inclinação necessária para subir no animal. Até nesta circunstância, que é casual. Será que existe causalidade e sorte na nossa vida? Claro! De nada adianta a sorte, isto é, a circunstância favorável, se não tiver coragem. Coragem não é ausência de medo, é a capacidade de enfrentar o medo. Coragem não é uma disposição eufórica, é o preparo competente para lidar com situações que nos atemorizam. Será que tem gente que tem sorte? Todos nós temos. O que devemos fazer é afastar aquilo que é desfavorável e abraçar o que é favorável. É algo que passado na nossa frente precisa ser lidado com competência. A coragem não é a incapacidade de desanimar, é a incapacidade de desistir. “
Mauricio Delfino
Empreendedor da marca DaMinhaCor
Painel no maturifest: Experiência como motor de inovação
“O ponto central de um negócio é o senso de pertencimento. Quando você faz parte daquela comunidade para qual está trabalhando, o cliente lá na ponta, quando vai na gôndola comprar, ele se enxerga naquele produto. Isto é importante, pois desde a concepção, temos essa preocupação de quem vai consumi-lo. Vamos pegar como exemplo uma touca de natação que tem uma tamanho padrão. Só que este tamanho foi pensado para quem não tem cabelo black ou usa tranças. Quando você consegue pensar fora do padrão, da caixinha, nasce um produto único que atende a uma comunidade em particular.”
Costanza Pascolato
Empresária e consultora de moda brasileira
Painel no maturifest: Essencialmente, Costanza
“Para cada uma das reuniões que participo, eu me preparo, estudo o que vou falar. No meu trabalho de consultora, tenho contato com pessoas de todas as idades de 20 a 60 anos. Todos profissionais que conhecem o negócio. Então, não posso chegar sem saber como me comportar, como me apresentar. É como na moda. Cada ocasião, lugar, companhia pede uma determinada roupa, um tipo de maquiagem. Nesta base, você agrega a sua personalidade, o seu toque pessoal, mas acrescenta um respeito ao seu interlocutor que sente que você se arrumou para isso. Eu tenho esta facilidade de me adequar. Como já disse antes, todo mundo pode ter o que você tem, mas o que você é ninguém pode ser o que você é. Eu acho que é isso: muita preparação e uma pitada de autenticidade.”
Edney “InterNey” Souza
Diretor Acadêmico na Digital House Brasil, professor, palestrante e empreendedor
Painel no maturifest: Porque sua sua experiência não garante seu futuro
“Criatividade não é um talento nato. Claro que quando criança, se tem estímulos, é mais natural a ser criativo. Agora, nós, maturi, somos responsáveis pelas nossas próprias vidas. Então, comece a se estimular e criar repertório: deixe de ouvir sempre o mesmo estilo musical, veja filmes e séries de gêneros diversos, leia livros de autores desconhecidos, viaje para novos lugares. Se permita fazer coisas diferentes e vá em outras direções. Não somos pessoas de exatas ou humanas. Isto é um tabu sem nenhum fundamento científico. Somos pessoas com capacidade de aprender qualquer coisa. Quando se tem uma base, é mais fácil botar um tijolinho por cima do que construir a fundação e cavar fundo. Já tem um ponto de partida, mas mesmo assim temos de estar abertos ao novo. “
Benjamin Rosenthal
professor assistente da Fundação Getúlio Vargas.
Painel no maturifest: Lifelong learning e intergeracionalidade – um aprendizado contínuo
“Quando a gente precisa parar de aprender e sobreviver só com o conhecimento adquirido? Esta pergunta traz uma preocupação que coloca muita pressão. O ideal é curtir mais o fluxo da vida, aprender a relaxar e assumir que ok que não sabe tudo. Agora, tem uma notícia ruim: o dia que parar de aprender, é que você morreu. O aprendizado não está só na sala de aula. A gente aprende a aprender, sem perceber que está aprendendo. Entre mais em contato com o seu corpo, com a grama, com a natureza, com a água. Não dá para ficar sendo 100% racional, tem que curtir também.”
Dimas Moura
Influenciador digital
Painel no maturifest: Profissão Influenciador 50+: dicas e cases
“O mais importante, para se tornar um influenciador digital ou abrir o seu negócio, é a observação. Fizeram um experimento em uma praça que passava um cara pelado e um monte de gente nem via. Então, tem que ficar ligado, fazer pesquisa de mercado, entender o ambiente que vai atuar. Eu larguei meu negócio para ir aos Estados Unidos e fui lá aprender o que as pessoas se interessavam quando decidiam morar fora. Antes de sair fazendo, pesquise, planeje-se. O plano tático vem depois da estratégia.”
Tony Ramos
Ator
Painel no maturifest: Projeto de vida e busca de significado para uma bela velhice
“Eu e minha companheira Lidiane Barbosa, com quem estou casado há 52 anos, resolvemos levar a vida com mais humor e não nos levarmos tanto a sério. Às vezes, a vida exige e cobra seriedade. Mas, não devemos nos colocar no pedestal fazendo mil poses Uma das coisas que eu odeio é a soberba. Aquele indivíduo que diz a verdade é essa e ponto. É execrável. Não podemos sobreviver num mundo tão polemizado, se formos soberbos no pensamento e não democráticos. Devemos respeitar outros pensamentos, religiosidades, não religiosidades . Esta convivência é fundamental até para que nós tenhamos dentro dessa vida, uma vida melhor, mais confortável, com uma bela velhice.”
Mirian Goldenberg
Antropóloga e professora da Universidade Federal do Rio, é autora de “A invenção da bela velhice”
Painel no maturifest: Projeto de vida e busca de significado para uma bela velhice
“ A discussão sobre a nova classificação de velhice como doença e o que podemos fazer para valorizar mais esta fase de vida, está explodindo aqui no Brasil. A velhice pode ser uma das melhores fases da vida, uma fase libertadora. Doença é como os velhos são tratados e não a velhice. O que quero reforçar é: alimentem a alma, o cérebro, o coração, o espírito e o corpo de coisas boas, belas, que façam bem para os outros e que te façam tão bem. Por isso, é rir. O cérebro adora rir, mesmo que de mentira. Eu faço meu marido todos os dias de manhã rir para mim. Rir faz bem para alma, para saúde e faz até as rugas irem para cima.”
E você? Quais ensinamentos tirou do maturifest? Se não participou ou quer rever algum painel, a boa notícia é que você pode ter acesso à gravação dos quatro dias do evento na íntegra pela MaturiAcademy, com todas as palestras, painéis e oficinas.
Para tanto, basta adquirir o Ingresso Solidário para ver ou rever o evento gravado por R$40 (3 meses de acesso) ou R$60 (1 ano de acesso) e ainda colaborar com instituições filantrópicas de atendimento a maturis e crianças com a Associação São Joaquim de apoio à maturidade; Liga Solidária; Eternamente Sou; Velho Amigo. Clique AQUI.