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Um dos grandes desafios dos novos velhos que estão chegando perto da aposentadoria ou que já estão aposentados e nem pensam em parar de trabalhar é eventualmente ter a oportunidade de seguir uma nova carreira em uma área que rime trabalho e paixão. Utopia? O Fifties+ foi conversar com Deborah Toschi, Sócia-Diretora da CAPIO Desenvolvimento Humano e Organizacional, especializada em Coaching de Vida & Carreira, e fazer aquelas perguntas que nós todos queremos saber. Confira a entrevista na íntegra!
1. Tudo começa com uma paixão? Ou dá para construir uma visão de alguma outra forma?
Acredito que a paixão pode ser um fator que motiva e cria um entusiasmo na busca por uma nova trilha de carreira. Muitos profissionais começam a pensar em uma transição com esta ideia, mas nem sempre será este o caminho ou a única opção. É possível avaliar quais são as possibilidades de mudança utilizando a bagagem e experiência anterior em uma nova área ou formato.
2. Que conselhos você daria para quem identificou uma possibilidade de mudar de carreira e não sabe como fazer para concretizar? Qual seria o primeiríssimo passo para planejar essa mudança?
Converso muito com meus clientes sobre nível de prontidão. O quanto você está pronto para fazer aquela mudança ou não. Se você decide construir uma nova carreira relacionada à sua paixão, nem sempre estará imediatamente pronto para começar, seja um trabalho ou um negócio próprio.
Então você terá que se capacitar, pesquisar, planejar, para depois colocar em prática. Se você busca uma nova trilha em que pode utilizar o que já tem na bagagem, o seu nível de prontidão será maior. Acho que este pensamento ajuda bastante o planejamento de curto, médio e longo prazo.
3. Alguma dica muito prática para tirar esse sonho do papel?
Acredito em três pilares para um bom planejamento: mapear seus OBJETIVOS e ações e prazos para cada um. Conhecer seus SABOTADORES, aqueles hábitos, obstáculos ou distrações que podem atrapalhar, e aprender a lidar com cada um. Escolher um MENTOR.
Pode ser alguém da sua rede de contatos ou um profissional, pois ele vai agir como um “personal trainer” incentivando e orientando o seu desempenho. Uma coisa é correr sozinho no parque, outra coisa é ter um orientador ao seu lado. O mesmo vale para nossos projetos!
4. Como os maiores de 60 estão fazendo lá fora? Que experiências de lá a gente pode trazer para a realidade do Brasil?
Acredito que a cultura diz muito como os profissionais se preparam para esta fase. Muitos profissionais dão continuidade ao trabalho em suas áreas, mas como especialistas/consultores, ou decidem empreender. Acredito que podemos mudar a nossa forma de pensar, e cada vez mais desapegar do conceito de emprego e começar a visualizar as ideias de trabalho e projetos.
Desta forma, podemos nos adaptar às mudanças do mercado e ampliar nossas possibilidades. Quando pensamos no emprego como única opção ficamos presos a um único caminho.