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Durante muito tempo, a idade foi sinônimo de experiência. Porém, atualmente isso tem mudado bastante. Dados de 2014, divulgados pela Você RH, revelam que aproximadamente 10% dos CEOs das grandes empresas têm menos de 40 anos.
De acordo com a matéria, aparentemente essa reviravolta tem ocorrido principalmente em razão da mão de obra jovem ser mais barata. Outro fator é o custo da carteira assinada. Segundo a Revista Você RH, as vagas de estágio da Catho cresceram em 36% no ano de 2015.
Nesse cenário, a chamada “juniorização” chegou também aos departamentos de Recursos Humanos, trazendo à profissão um caráter “operacional”, quando deveria ser estratégico.
Vale destacar que a vivência é determinante para algumas funções. A título de curiosidade, desde 2005, em concursos para a magistratura, são exigidos pelo menos três anos de atividade prática. Mas você imagina por que será que isso se tornou um novo requisito?
A nova imposição legal surgiu para que os juízes tivessem uma experiência um pouco maior do que os envolvidos em um processo estão passando. A ideia é que um profissional mais velho provavelmente teria mais condições para julgar um problema se já tivesse visto algo parecido em seu círculo de amigos ou mesmo consigo.
O objetivo foi fazer com que os aprovados não fossem meros estudantes que acabaram de sair da faculdade, mas sim pessoas formadas que tiveram problemas concretos da vida cotidiana.
O mesmo acontece com os profissionais estratégicos dos Recursos Humanos. Quando um estagiário é o responsável pela contratação de um funcionário, nem sempre o estudante tem o conhecimento necessário para fazê-lo, pois é evidente que lhe faltará vivência e jogo de cintura para entender as demandas da empresa e o perfil exigido.
Com isso, a chance de a contratação ser menos certeira cresce, bem como a possibilidade do novo funcionário ter um desempenho aquém do esperado. E isso não necessariamente por conta do empenho do novo empregado, mas sim pelo erro na contratação.
Outro problema apontado pela reportagem da Você RH é a imaturidade dos novos profissionais. Segundo a reportagem, psicólogos americanos entendem que a adolescência não é mais até os 18 anos, e sim até os 25 anos. Isso significa dizer que muitos empregados são e se portam como verdadeiros adolescentes.
Constatou-se, ainda, que os jovens que entram no mercado de trabalho acabam tendo dificuldade para aceitarem feedbacks negativos, trazendo uma rotatividade maior de empregados.
Também no rol dos problemas apontados, estão os bons profissionais que são promovidos sem o devido conhecimento técnico, que, posteriormente, pedem demissão ou são demitidos não exatamente por serem ruins, mas por não terem tido tempo suficiente para se prepararem.
Também é importante destacar que a rotatividade é sempre maléfica para o empregador, pois todo o investimento em treinamento, contratação e adaptação é perdido.
Por essa razão, a contratação de profissionais mais experientes é a maneira mais inteligente de conduzir o seu negócio. Primeiro, porque, com a vivência na área, as soluções surgem de maneira mais fácil e natural, pois a tomada de decisões não requer grandes pesquisas.
Segundo, porque o profissional com menos de 40 anos tem um desejo maior de conhecer outras empresas e outros negócios. Dados divulgados pela Revista Exame mostram que 72,4% dos jovens saem de seus postos de trabalho ao longo de um ano.
Com relação aos trabalhadores mais velhos, apenas 41,3% pedem demissão ou são desligados durante o mesmo período. Nesse sentido, resta evidente que a experiência (de vida) é fundamental.